sentimentos

“Não devemos deixar de demonstrar os nossos Sentimentos Hoje…porque amanhã pode ser tarde demais…”

li esta frase num fórum que sigo há mais de cinco anos, e no qual não tenho participado por falta de disponibilidade (não tenho tempo. ponto. continuo a participar via msn ou facebook, mas não tenho tempo para ler os tópicos com a atenção que eles merecem). um fórum que é uma autêntica comunidade, onde as pessoas são acolhidas, bem tratadas, apoiadas, e onde – se a vida assim o deixar – passam a acolher, a bem tratar, a apoiar.

não sei em que curva da estrada a humanidade decidiu que os sentimentos eram exposição, que manifestar o que vai na alma é sinal de fragilidade. contextualizaram excessivamente expressões como “amo-te”, frases simples como “gosto de ti”. e passou-se a enviar abraços em vez de beijos, e a acenar em vez de distribuir abraços.

isto custa. custa-me. e é por isso que admiro (e imito) as crianças quando dizem “gosto de ti”, quer seja a amigos quer a pais e mães, quer a coisas ou criaturas pequenas ou grandes.

porque naquele “gosto de ti” conseguem incluir o afecto, a ternura, o carinho que se experimenta pelas criaturas por quem sentem empatia. porque gostar nem sempre é amar. porque, às vezes, gostar é apenas isso.

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