quando os doidos saem à rua

há uma passagem n’”O Pêndulo de Foucault” em que Belbo – uma das personagens – olha com um cepticismo divertido para uma problema em que se encontra envolvido porque o ridículo, o nonsense e a comicidade da situação são tais que anulam qualquer outro tipo de emoção.

hoje senti isso. hoje os loucos sairam à rua, instalaram-se à minha volta e decidiram que eu ia sofrer por todas as asneiras que fiz nesta e nas outras encarnações. juro que por vezes não sei o que se passa com o mundo, com as pessoas, se realmente vale a pena pensar antes de falar ou se calar alguém que berra com um berro ainda maior não será a melhor solução.

há muitos idiotas que passam por nós ao longo dos dias, e há dias em que muitos idiotas passam por nós. nestas alturas a única saída que nos resta, para não perdermos a sanidade, é fazer como o Belbo e cruzar os braços, olhando com interesse para o nó que paira por cima da nossa cabeça.

só assim nos mantemos sãos. ou isso ou mandamos um murro no jogador adversário.